domingo, 12 de junho de 2011

"Itaberaí e o Homem do Campo"

SAUDAÇÕES AO HOMEM DO CAMPO
20 de junho de 1984.
Publicado no Boletim Informativo do Lions Clube de Itaberaí, em outubro de 1984, no Jornal O Popular e Jornal Notícias de Itaberaí; texto revisado pela ilustrada professora Maria das Graças de Morais.
A primeira festa da Integração Rural do Município de Itaberaí será uma promoção de entidades preocupadas com o descaminho do meio rural: Prefeitura Municipal, Sindicato Rural, uma união em prol do homem do campo.
Itaberaí será pioneira obtendo êxitos na integração social do meio rural e do meio urbano. A festa será amplamente divulgada pela rádio Record de São Paulo, Bandeirantes de São Paulo, Programa Globo Rural Canal 2, TV Brasil Central Canal 13, Rádio Difusora de Goiânia e o Jornal Notícias de Itaberaí que já extrapola os limites municipais.
Esta grandiosa festa promovida pela célula municipal tem o intuito de valorizar o homem bucólico. O pioneirismo desta administração será gravado na memória de todos aqueles que participaram ativamente da Integração Rural ao meio metropolitano.
A nossa cidade promove a evidência do homem campestre em favor do urbano de âmbito estritamente municipal, mas de abrangência da consciência nacionalista. Não só entidades municipais deveriam dar apoio ao pioneirismo de Itaberaí, mas as estaduais e federais, com isso solidificando a estrutura política, tradicional, econômica e cultural do País.
Hoje o homem do campo já está integrado não só à sociedade de seu meio, como também do urbano. De uma época determinada (prefiro não datar), houve o esvaziamento do campo. Não só pela mecanização, mas por uma política errada que desfavoreceu o roceiro e conseqüentemente trazendo os prejuízos já sabidos. A previdência urbana é mais atuante do que a rural que se intitula FUNRURAL, aposentadoria do homem do campo é de mais tempo de idade, o B.N.H, só favoreceu ao homem metropolitano ajudando com isso a explosão demográfica e não como alguns pensam acudindo aos desamparados; tudo isso vem em desfavor ao homem do mato, que hoje ainda, em minoria, vê-se marginalizado. Com o esvaziamento do campo, ficando quase só os proprietários de pequenas e médias estâncias povoando estas áreas, mecanizando o possível e produzindo com o trabalho de um regime familiar. O governo coloca-se numa situação muito radicalista, pois, desestabiliza o homem do campo, ceifando subsídios à agricultura e outros desfavores. Quando se fala do Ministério do Trabalho, que cede um favoritismo exagerado ao empregado rural, esquecendo-se que sem empregador o primeiro estará nas perimetrais da miséria, como todos vêem os cinturões de pobreza que se estendem às margens das vias urbanas. Com isso o funcionário rural, já escasso por falta de necessário respaldo governamental para que estabilize no seu meio, tem só o Ministério do Trabalho que, certamente lhe dará ganho de causa. Então ele passa a reivindicar mais os seus direitos do trabalhar. Forma-se uma nova consciência, a de não trabalhar e exigir mais. O bom apoio do governo tem como única solução plantar menos, mecanizar o possível e dispensar mão de obra desqualificada e inverter a situação da agricultura para a pecuária.
A situação fica cada vez mais séria e este problema é de ordem nacional, os movimentos nacionais iniciam-se nas camadas inferiores até as superiores. Foi com esta linha de pensamento que Itaberaí entranhou com força e vontade na Integração Rural. Aqui, o povo de agora e o vindouro jamais esquecerá os efeitos benéficos desta festa em comemoração da integração do homem dos dois meios.
“Ex nunc” as relações do homem campestre serão sempre melhoradas com a do homem da cidade. Assim diz um pensamento de Benjamin Franklin, se as cidades se queimarem os campos a reconstruirão, porém se queimarem os campos as cidades não mais se reconstruirão.
O municipalismo itaberino está de parabéns, pois, conseguira anular os efeitos negativos dados ao homem do meio rural.
Itaberaí vê-se na obrigação de promover o homem campestre porque, salienta na produção do milho, arroz, feijão, conseqüentemente uma desenvolvida avicultura, suinocultura e a criação intensiva em pleno desenvolvimento e extensiva de gado vacum com uma grande produção de leite, o alimento da humanidade. O nosso rebanho já ultrapassa a barreira das cento e dez mil cabeças. Os êxitos obtidos em Itaberaí serão revertidos em promoções ao homem bucólico de outras células municipais a caminho do âmbito Federal, fortificando a nação e erradicando discrepâncias ao homem do meio natural, e só nos restando ainda felicitar o homem do campo com uma saudação. 


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